terça-feira, 27 de agosto de 2019

Pessoas com HIV/aids, com CD4 abaixo de 250, não podem se vacinar contra o sarampo, orienta infectologista Claudia Binelli



A busca pela vacinação contra o sarampo aumentou consideravelmente nos últimos meses. Desde a primeira semana de 2019, o Brasil registrou mais de 1.400 casos confirmados de sarampo, sendo que mais de 95% ocorreram no Rio de Janeiro, em São Paulo, na Bahia e no Paraná, que apresentam surto da doença. Os dados são do Ministério da Saúde.
O sarampo é uma doença extremamente contagiosa causada por um vírus do gênero Morbillivirus, da família Paramyxoviridae. A transmissão pode ocorrer por meio da fala, tosse e/ou espirro. O quadro de infecção pode ser grave, com complicações principalmente em crianças desnutridas ou com sistema imunológico debilitado.
A infectologista Claudia Binelli, do CRT (Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids) de São Paulo, explicou que as pessoas vivendo com HIV/aids podem se vacinar contra a doença, mas o CD4 (células de defesa) do paciente deve ser maior do que 250. “A vacina não é indicada para o paciente com baixa imunidade. A recomendação é para que todas as pessoas com HIV procurem o infectologista antes de se vacinar.”
Claudia recomendou ainda que o médico faça a avaliação do quadro imunológico do paciente antes da vacinação. “É importante ficar atento as recomendações do governo e levar a carteira de vacinação.”
Ela lembrou que nem todas as pessoas vivendo com HIV precisam se vacinar neste momento. “A prioridade é vacinar quem está na lista de recomendação do Ministério da Saúde. A vacina é in vitro, ou seja, feita do vírus vivo atenuado, e tem efeitos colaterais. Ela pode produzir a própria doença.”
Tire suas dúvidas sobre o sarampo
O que é sarampo?
É uma doença infecciosa aguda transmitida por um vírus, caracterizada por manchas na pele. A doença estava erradicada no Brasil, mas voltou. Uma das razões é a baixa cobertura vacinal, ou seja, as pessoas deixaram de se vacinar.
Como é transmitido?
A transmissão acontece pela saliva, carregada pelo ar (quando a pessoa tosse, fala ou espirra). Ou seja, é altamente contagiosa.
Quais os sintomas?
Febre alta (acima de 38,5°C), manchas vermelhas na cabeça e no corpo, tosse, dor de cabeça, coriza e conjuntivite.
Sarampo pode matar?
Sim. É uma doença que traz complicações graves, inclusive neurológicas, e pode levar à morte. Também pode deixar sequelas como a surdez.
Como é o tratamento?
O doente é isolado e apenas os sintomas são tratados. Por isso, a vacinação é a ferramenta mais eficaz no combate à doença.
O que fazer em caso de suspeita?
Encaminhar o paciente a um serviço de saúde, que por sua vez notificará a vigilância epidemiológica para que esta vacine quem teve contato com o doente.
Quem deve se vacinar?
Bebês de 6 meses a 11 meses e 29 dias devem tomar a dose da campanha e as duas do calendário nacional de imunização, aos 12 meses e 15 meses; crianças e jovens de até 29 anos precisam ter tomado duas doses da vacina —quem tem de 30 a 59 anos, apenas uma dose. A maioria das pessoas com mais de 60 anos não precisa da vacina, pois já teve contato com o vírus. Na dúvida sobre ter ou não tomado a vacina na infância, é melhor tomá-la agora. Não é preciso levar a carteirinha de vacinação.
Em ações de bloqueio, quando identificado caso suspeito da doença, todos devem tomar a vacina, que é uma imunização pontual.

Um comentário:

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