domingo, 24 de novembro de 2019

OMS faz alerta sobre a saúde dos adolescentes

Atividade física

Quatro em cada cinco adolescentes no mundo são sedentários, especialmente as meninas, informa estudo revelado nesta sexta-feira (22) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), elaborado entre 2001 e 2016, em 146 países. No Brasil, a situação é pior: 84% de jovens entre 11 e 17 anos não praticam uma hora diária de atividade física, conforme recomendação da OMS.
De acordo com o estudo, uma das causas desta tendência é a “revolução digital”. O documento foi publicado pela revista The Lancet Child & Adolescent Health.
Para calcular o número de adolescentes sedentários, a OMS analisou pela primeira vez dados reunidos entre 2001 e 2016, envolvendo 1,6 milhão de estudantes de 146 países. Em todo o mundo, 81% dos jovens entre 11 e 17 anos escolarizados não cumpriram a recomendação de uma hora diária de atividade física em 2016, registrando uma ligeira queda em relação a 2001 (82,5%). A situação atual é muito mais preocupante entre as meninas, 85%, do que entre os meninos, 78%.
Os primeiros dados sobre tendências globais em termos de atividade física insuficiente entre adolescentes mostram a necessidade de medidas urgentes para aumentar os níveis de atividade física entre meninas e meninos dos 11 aos 17 anos de idade. O documento conclui que mais de 80% dos adolescentes em idade escolar em todo o mundo - especificamente, 85 % de meninas e 78% de meninos - não atingem o nível mínimo recomendado de uma hora de atividade física por dia.
A diferença entre a porcentagem de meninos e meninas que atingiram os níveis recomendados em 2016 excedeu 10 pontos percentuais em aproximadamente um em três países (29%, ou seja, em 43 dos 146 países), e as maiores diferenças foram registradas nos Estados Unidos da América e na Irlanda (mais de 15 pontos percentuais). Na maioria dos países considerados no estudo (73%, ou seja, em 107 de 146), observou-se um aumento nessa diferença de gênero entre 2001 e 2016.
Atividade física
De acordo com o documento, os níveis de atividade física insuficiente observados entre os adolescentes permanecem extremamente altos e isso representa um perigo para sua saúde atual e futura. "É necessário adotar medidas regulatórias urgentes para aumentar a atividade física e, em particular, promover e manter a participação das meninas", diz a Dra. Regina Guthold (OMS), autora do estudo.
Dentre os benefícios à saúde de um estilo de vida fisicamente ativo na adolescência, vale destacar a melhora da capacidade cardiorrespiratória e muscular, a saúde óssea e cardiometabólica e os efeitos positivos no peso. Da mesma forma, há evidências crescentes de que a atividade física tem um efeito positivo no desenvolvimento cognitivo e na socialização. Os dados atualmente disponíveis indicam que muitos desses benefícios permanecem até a idade adulta.
Para alcançar esses benefícios, a OMS recomenda que os adolescentes pratiquem atividade física moderada a intensa por uma hora ou mais por dia.

HIV: alimentação ajuda diminuir efeitos colaterais do tratamento



A terapia antirretroviral consiste no tratamento e tentativa de eliminação do retrovírus. O objetivo é retardar a progressão da imunodeficiência e restaurar a imunidade, aumentando a qualidade de vida do paciente. Porém ela causa efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, diarreias, sintomas constantes e diários, que muitas vezes causam o abandono do tratamento.
Para a nutricionista Valeska Pasinato, do Plunes Centro Médico, referência na capital paranaense, a alimentação pode ser uma forte aliada no tratamento das pessoas com HIV ou Aids. “As pessoas vivendo com HIV e Aids, por sua condição de imunodeficiência, se encontram mais vulneráveis. Uma alimentação saudável contribui para o aumento dos níveis dos linfócitos T CD4, melhora a absorção intestinal, diminui os agravos provocados pela diarreia, perda de massa muscular, Síndrome da Lipodistrofia e todos os outros sintomas que podem ser minimizados ou revertidos por meio de uma alimentação balanceada”, detalha.
As pessoas vivendo com HIV e Aids precisam dar atenção à condição higiênico-sanitária dos alimentos, pois um produto contaminado pode afetá-las em maior proporção do que em pessoas sem a doença. “Várias doenças oportunistas têm a boca como porta de entrada, tanto através do alimento contaminado quanto do contato com as mãos e utensílios não higienizados”, explica a nutricionista.
As diarreias, por exemplo, comuns no contexto do HIV e Aids, muitas vezes estão associadas a contaminações alimentares. A má absorção intestinal decorrente das patologias gastrointestinais deve ter uma terapia nutricional adequada, de forma que os carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais, que são nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo, sejam ingeridos em quantidades adequadas.
Alívio dos sintomas
A ingestão de água é outro fator determinante para a regulação das funções vitais do organismo, como a digestão, temperatura corporal, a eliminação de metabólitos, entre muitas outras funções. Especialistas recomendam a ingestão de dois a três litros de água por dia. Outro ponto de atenção no tratamento é o consumo de fibras alimentares, que regulam o volume de fezes, reduzem o tempo de trânsito intestinal e atua favoravelmente sobre a microbiota intestinal.
“Medidas simples podem trazer conforto imediato. As náuseas matinais, por exemplo, podem ser atenuadas com a ingestão de biscoitos de água e sal ou até mesmo chupando pedras de gelo”, conta. Pequenas refeições durante o dia, evitar tomar líquidos durante as refeições, optar por alimentos frios ou em temperatura ambiente também ajudam no combate as náuseas.
Com relação aos vômitos, tomar pequenas quantidades de soro caseiro ou de reidratação oral, cerca de uma colher de sopa a cada cinco ou dez minutos, evita a desidratação. Outra dica é não deitar após as refeições, o que pode facilitar o vômito.
Os suores noturnos são minimizados com o consumo de pelo menos três litros de líquidos diariamente. O consumo de frutas frescas, água de coco e sucos vegetais também é recomendado e ajuda a repor os minerais perdidos durante os episódios de suor.
Muitas pessoas com HIV ou Aids sofrem com dificuldade de digestão e a ingestão de gorduras contribui diretamente para o mal estar. “É melhor optar por carnes brancas e evitar líquidos durante as refeições. Os chás digestivos, como chá verde, são muito bem-vindos”, diz a nutricionista.  “O ideal é sempre buscar orientação médica e fazer acompanhamento constante da evolução da doença. Hoje é possível levar uma vida tranquila e são inúmeros os casos de pessoas com HIV ou Aids com altíssima qualidade de vida”, finaliza.

Fonte: Noticias ao Minuto

  CNS discute desafios para garantir direito universal à Saúde em tempos de negacionismo, durante debate na UFRGS 14 de fevereiro de 2022 O ...