A Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite (ABPH), em parceria com a Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), realiza até quarta-feira (25), das 9h às 17h, o teste rápido de hepatite C, no Conjunto Nacional, localizado na Avenida Paulista, 2073. A ação faz parte da campanha Hepatite Zero Projeto Mundial de Erradicação. No estande, profissionais voluntários de biomedicina tiram dúvidas e orientam a respeito da doença. O teste é indolor e o resultado sai em apenas dois minutos.
“Todos os materiais são descartáveis e a equipe capacitada para tirar dúvidas e atender adequadamente casos positivos. Em dois minutos, a pessoa já sabe se o resultado é positivo ou negativo”, diz Bruna Teodoro, uma das coordenadoras da campanha.
Segundo a coordenadora, muitas pessoas atendidas pela campanha confundem a hepatite B com a C e as formas de infecção: “A hepatite C é uma doença silenciosa, quando ela se manifesta, já está em período avançado e pode levar ao óbito. Infelizmente, diferente da hepatite B, ainda não existe uma vacina para a hepatite C, mas tem tratamento. Quanto mais cedo a pessoa souber que tem o vírus, melhor”.
Das 10h às 15h desta terça-feira (24), cerca de 100 pessoas fizeram o teste, destes já foram detectados 4 resultados positivos. “Quando o resultado dá positivo, nós conversamos em particular com a pessoa, orientamos e encaminhamos para a clínica da ABPH. Lá eles fazem o exame confirmatório, dão todo o suporte necessário para a pessoa e iniciam o tratamento, tudo de maneira gratuita”, explica Bruna.
A hepatite C
Segundo o site do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, entre as causas de transmissão da hepatite C estão: transfusão de sangue; compartilhamento de material de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam); materiais para confecção de tatuagem e colocação de piercings não esterilizados; objetos para uso de drogas como seringas, agulhas, cachimbos, entre outros; da mãe infectada para o filho durante a gravidez (mais rara); e do sexo sem camisinha com uma pessoa infectada (mais rara).
Quando a infecção pela hepatite C persiste por mais de seis meses, o que é comum em até 80% dos casos, caracteriza-se a evolução para a forma crônica. Cerca de 20% dos infectados cronicamente podem evoluir para cirrose hepática e cerca de 1% a 5% para câncer de fígado. O tratamento da hepatite C depende do tipo do vírus e do comprometimento do fígado. Para isso, é necessária a realização de exames específicos.
A campanha Hepatite Zero Projeto Mundial de Erradicação é idealizada pela ABPH, Word Hepatitis Fund e Rotary International.
A ação integra as atividades que a Agência de Notícias da Aids está produzindo em parceria com o Conjunto Nacional e incluem o Camarote Solidário 2016 -- que tem o apoio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, da Gilead, da Merck e do JP Miguel Engenharia.
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