sexta-feira, 10 de junho de 2016

TV Globo participa da Reunião de Alto Nível da ONU sobre o fim da aids, em Nova York











Na manhã desta quinta-feira (9), a TV Globo participou de um dos paineis da Reunião de Alto Nível das Nações Unidas. A comunidade internacional está reunida desde quarta-feira (8), na sede da ONU em Nova York, em um encontro, a fim de impulsionar uma resposta global para acabar com a epidemia da aids até 2030, como parte dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). A abordagem do HIV, levada a cenas de"Malhação" e "Totalmente Demais", justifica a presença da diretora de Responsabilidade Social da emissora, Beatriz Azeredo, no encontro. 
As ações de merchandising social inseridas nas novelas resultaram da parceria com o Unaids, (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), em busca de formas criativas para engajar os jovens em campanhas de prevenção à aids. A websérie "Eu Só Quero Amar", exibida pelo GShow, também é fruto da parceria da Globo com o Unaids. O enredo versa sobre o casal Camila e Henrique, um  jovem que nasceu com o vírus.
 A websérie foi o foco do debate, segundo a Rádio ONU. O co-autor de "Eu Só Quero Amar", Gabriel Estrela,  também participou do debate. Em entrevista à Rádio ONU, ele comemorou a diminuição do preconceito do público, algo que, segundo ele, aconteceu aos poucos.
"A gente teve no começo uma polêmica muito grande com a "Malhação", na primeira vez que eles abordaram o tema. E foi muito legal ver essa resposta negativa aos poucos se transformando em algo muito positivo, até a gente chegar na série "Eu Só Quero Amar", em que as respostas foram 100% positivas. O pessoal ficou muito encantado, porque não é só uma história sobre HIV, não é só uma história sobre juventude, é uma história de amor, é fofinho, a gente torce pelo casal."
Audiência
Segundo Gabriel Estrela, falar sobre HIV e aids com adolescentes, mostrando na TV um casal "sorodiferente" que se relaciona de forma afetiva foi algo "inédito".
A diretora de Responsabilidade Social da TV Globo destacou que a websérie foi a terceira mais vista no site Gshow, com 800 mil pessoas que acompanharam, além do público de 20 milhões de pessoas que assistem "Malhação".
Emoção
Beatriz Azeredo explicou a Rádio ONU que contar uma história de amor, que causa empatia nas pessoas, é uma maneira fácil de acabar com o estigma sobre a aids.
"A Globo faz o que ela sabe fazer, que é comunicação em larga escala. E o Unaids traz toda a experiência, conhecimento técnico e principalmente formas de lidar com esse tema tão complexo com a juventude. Quando você coloca esse tema por dentro de uma trama que está emocionando as pessoas, a discussão do preconceito ganha uma outra dimensão. De repente entra um tema tão difícil, tão complexo, por dentro da emoção. Fica tudo mais suave, mais fácil de mudar pessoas, mudar cabeças, mudar a cultura."
A discussão não fica apenas na TV: os jovens acabam comentando a série e, eventualmente, HIV/aids, também nas redes sociais, como Facebook e Twitter.
Tratamento
Diego Callisto é conselheiro para jovens do Departamento de DST, Aids do Ministério da Saúde. Com 27 anos, ele descobriu ter HIV há quase uma década.
Durante o debate na ONU, Callisto explicou como aborda o assunto com os adolescentes brasileiros.
"Eu consigo transmitir uma mensagem para eles por viver com HIV, seja em relação ao tratamento, seja em relação a uma consulta médica, qualquer outra rotina nesse sentido relacionada à vivência com HIV. Hoje eu faço tratamento de comprimido único, mas quando comecei, eu tomava quatro comprimidos."
A Reunião de Alto Nível da ONU sobre o fim da aids termina nessa sexta-feira (10), em Nova York, com ampla programação com especialistas e autoridades governamentais sobre o assunto.

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