sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Comitê reúne-se em Genebra para fortalecer modelo de programa da ONU sobre aids


Um comitê especial iniciou em Genebra, na Suíça, as deliberações sobre como fortalecer o modelo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e alinhá-lo aos esforços internacionais para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.
O Comitê Global de Revisão sobre o Unaids inclui representantes dos Estados-membros da ONU, das populações-chave afetadas pelo HIV, das agências das Nações Unidas e de outras organizações multilaterais e fundações privadas.
O órgão é organizado por Helen Clark, presidente do Grupo de Desenvolvimento das Nações Unidas, e pelo diretor-executivo do Unaids, Michel Sidibé, e copresidido por Awa Coll Seck, ministra da Saúde do Senegal, e Lennarth Hjelmåker, embaixador sueco para a saúde global.
Na primeira reunião do comitê, realizada em 20 de janeiro em Genebra, Helen Clark convocou o painel para assegurar que o Unaids permaneça na vanguarda da reforma da ONU, enquanto Sidibé desafiou os integrantes a desenvolver ideias ousadas para o futuro do programa.
Hjelmåker cumprimentou o Unaids por sua liderança e papel central na resposta global ao HIV. Ele também enfatizou que alguns aspectos essenciais do programa precisam ser definidos e reforçados para garantir que os esforços conjuntos das Nações Unidas em relação à aids estejam completamente integrados à agenda de saúde e aos ODS.
Durante a reunião, os membros do comitê chegaram a um consenso sobre as principais questões que devem ser abordadas dentro dos três pilares fundamentais do programa: trabalho conjunto, governança, financiamento e transparência. Estas questões serão discutidas de forma mais profunda em fevereiro, após consulta virtual à sociedade civil.
O comitê se reunirá novamente em março, a fim de discutir e considerar os resultados desta consulta virtual, e decidir-se sobre um conjunto de recomendações.
“A natureza interligada da Agenda 2030 nos convoca a adotar abordagens integradas para o desenvolvimento sustentável. A resposta global à aids sempre exigiu que trabalhássemos desta maneira, especialmente no que se refere a enfrentar os fatos sociais e estruturais que contribuem para a propagação do HIV”, disse Clark na reunião.
“O programa conjunto é singular. Fomos capazes de demonstrar que podemos mobilizar diversas alianças, engajar-nos em diferentes formas de governabilidade, entregar resultados e assegurar que as pessoas não sejam deixadas para trás. É preciso preservar estes elementos fundamentais, ao mesmo tempo em que introduzimos mudanças que vão acelerar a resposta à aids”, disse, por sua vez, Michel Sidibé.

Fonte : ONU Brasil

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