segunda-feira, 17 de julho de 2017

Congresso de DST e HIV: Pesquisa sobre experiências para redução da sífilis congênita é premiada como melhor pôster



O trabalho “Experiências exitosas para redução da sífilis congênita e as estratégias de ‘boas práticas’ para administração de penicilina em quatro municípios do Brasil”, da consultora do Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais, Maria Vitória Ramos Gonçalves, foi considerado o melhor na categoria E-Poster no 11º Congresso da Sociedade Brasileira de DST e 7º Congresso Brasileiro de Aids. O resultado foi anunciado ao final dos dois eventos, na quinta-feira (13), no Rio de Janeiro. O pôster teve como coautoras a diretora do Departamento, Adele Benzaken, e as consultoras Lidiane Freitas e Ana Kolling.
Com o tema “Prevenção ou experiência em serviços”, o objetivo da pesquisa era identificar os municípios que administram a penicilina em 100% das gestantes com sífilis no pré-natal, a fim de construir um documento de boas práticas com essas experiências como proposta de ampliação e qualificação do tratamento da sífilis congênita.
O trabalho utilizou as respostas do questionário aplicado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de 5.300 municípios para conhecer a realidade da assistência à gestante com sífilis nas UBS. Apenas 52% das UBS administravam a penicilina, caracterizando uma falha na assistência integral ao pré-natal.
Contudo, identificaram-se Unidades Básicas de Saúde em que a medicação é administrada no pré-natal. Um levantamento de informações foi realizado, em seguida, para definir quatro municípios localizados em regiões distintas do país para serem utilizados como exemplos de boas práticas em relação ao tratamento da sífilis. Foram escolhidas as cidades de São Paulo, Londrina, Aparecida de Goiânia (GO) e Vitória da Conquista (BA).

Com os dados apurados nos quatro municípios, visitados por uma jornalista contratada para realizar a verificação, foi possível elaborar o “Caderno de Boas Práticas em administração de penicilina na Atenção Básica”, que apresenta informações e estratégias criadas por cada um dos locais escolhidos, com o objetivo de multiplicar essas ações nos demais serviços da Atenção Básica. 
O trabalho contou com a parceria do Departamento de Aids e do Departamento de Atenção Básica, que culminou na publicação do “Caderno de Boas Práticas: O uso da penicilina para a prevenção da Sífilis Congênita no Brasil”. A distribuição desse documento nos estados e municípios irá buscar a sensibilização e orientação dos serviços e, principalmente, dos profissionais da saúde que não realizam o tratamento com penicilina benzatina nas gestantes com sífilis e sua parceria durante o pré-natal na Atenção Básica.

Fonte : Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais

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