Consultora na ONG Asplande e coordenadora do Grupo Arteiras, do Rio de Janeiro, a colunista do “Jornal do Brasil” Mônica Francisco escreveu neste domingo (12) esse artigo de defesa do SUS (Sistema Único de Saúde). Leia;
Embora todos e todas saibamos das dificuldades crônicas na saúde pública brasileira, não podemos ignorar o quanto de avanços tivemos. A implementação do SUS, o Sistema Único de Saúde Pública, universal e que é uma das maiores conquistas do movimento social brasileiro e da sociedade de maneira geral, foi sem dúvida nenhuma um dos maiores destes avanços
Das políticas públicas de saúde, ele é um marco, histórico e social, da tentativa de uma sociedade menos díspar e socialmente perversa. Veio para dessegregar o acesso à saúde e torná-lo possível a toda e qualquer pessoa.
O desmonte deste sistema, as investidas cada vez mais ferozes na tentativa de torná-lo à vista de toda sociedade como um problema, desqualificá-lo e consequentemente um problema definitivamente insolúvel, acarretando em sua total extinção, tem causado muita preocupação a uma parte da sociedade brasileira e nos profissionais.
Investe-se na propaganda negativa deste sistema, como se ele fosse a causa das dificuldades. É preciso muita atenção e cautela. A maioria da população não tem como buscar alternativas. Ainda que estejamos vivendo uma precariedade, faz-se mais do que necessário o esforço de todos nós para que este continue sendo um sistema de saúde pública e universal. Que haja mais controle social, que haja mais rigores no monitoramento aos responsáveis pelo trato e pela gestão administrativa do sistema.
Sacrificar um sistema de saúde o qual mais da metade da população, que ocupa a base da pirâmide, utiliza, em nome de um suposto desenvolvimento e equilíbrio fiscal e eficiência administrativa, é demasiadamente insano, para não dizer desumano e criminoso.
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