Mais de 18 milhões de pessoas estão recebendo tratamento para o HIV/aids na atualidade, 1,2 milhão a mais do que no final do ano passado, informou o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) nesta segunda-feira (21).
Em um relatório sobre a pandemia de aids, que infectou 78 milhões de pessoas e matou 35 milhões desde que teve início nos anos 1980, o Unaids disse que a intensificação consistente dos tratamentos fez as mortes anuais relacionadas à aids diminuírem 45 por cento, ou para 1,1 milhão, em 2015 -- o pico foi de cerca de 2 milhões em 2005.
Mas agora que mais pessoas com o vírus vivem mais tempo, os desafios de cuidar delas à medida que envelhecem, de evitar que o vírus se dissemine e de reduzir novas infecções são duros, afirmou o Unaids, embora os remédios possam diminuir os níveis de vírus no sangue dos pacientes para quase zero e reduzir significativamente o risco de transmiti-lo.
"O progresso que fizemos é notável, particularmente nos tratamentos, mas também é incrivelmente frágil", disse o diretor-executivo do Unaids, Michel Sidibé, por ocasião da publicação do relatório.
Com dados detalhados mostrando algumas das muitas complexidades da epidemia de HIV, o documento revelou que as pessoas são especialmente vulneráveis ao vírus em certas épocas da vida. O estudo pediu uma abordagem de "ciclo de vida" para oferecer ajuda e medidas preventivas a todas as pessoas em todas as fases da vida.
À medida que as pessoas portadoras da HIV envelhecem, correm o risco de desenvolver efeitos colaterais do tratamento para HIV, criando resistências aos medicamentos e necessitando de cuidados para outras doenças, como tuberculose e hepatite C.
O relatório também citou dados da África do Sul que mostram que mulheres jovens que se infectam com o vírus com frequência o recebem de homens mais velhos, e disse que a prevenção é vital para acabar com a epidemia entre mulheres jovens e que o ciclo de infecção de HIV precisa ser interrompido.
"As mulheres jovens estão enfrentando uma ameaça tripla", disse Sidibé. "Elas têm alto risco de infecção de HIV, taxas baixas de exame de HIV e pouca adesão ao tratamento."
O documento, que afirma que o número de pessoas com HIV recebendo remédios que salvam suas vidas é de 18,2 milhões, também mostrou que o progresso rápido na obtenção de medicamentos para aids para os necessitados está tendo um impacto significativo no prolongamento de suas vidas.
Em 2015 havia 5,8 milhões de pessoas acima de 50 anos vivendo com HIV, mais do que nunca.
A Unaids disse que se as metas de tratamento forem alcançadas --a entidade pretende ter 30 milhões de pessoas em tratamento até 2020-- esse número irá disparar.
A Unaids disse que se as metas de tratamento forem alcançadas --a entidade pretende ter 30 milhões de pessoas em tratamento até 2020-- esse número irá disparar.
Fonte : Extra
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