A ONG mais antiga do sul do Brasil, na luta contra a Aids, o Gapa Rio Grande do Sul (Grupo de Apoio a Prevenção da Aids do Rio Grande do Sul), corre o risco de ficar sem sede. A preocupação dos dirigentes atinge também os usuários que continuam procurando o prédio, na Cidade Baixa, em busca de orientação, apoio e encaminhamento de direitos. Com o objetivo de chamar a atenção do problema e da realidade da aids no Rio Grande do Sul, acontece neste sábado (10), a partir das 14 horas, na Praça Garibaldi, o festival “Viva Gapa” reunindo artistas e ativistas num momento de mobilização, debate e denúncia.
O Gapa foi fundado em 1989, já teve mais de uma centena de voluntários e chegou a atender mais de duas mil pessoas por mês, em diversas atividades. Hoje, quase sem apoio e com número reduzidos de colaboradores, corre o risco de perder sua sede na Rua Luiz Afonso, antes locada pela Secretaria Estadual de Saúde, e agora disputada pelos proprietários de forma judicial. A sede também abriga outros movimentos como o de pessoas que vivem com Aids (RNP+), mulheres (Cidadãs Posithivas) e o Jornal Boca de Rua e já abrigou o Grupo Somos. Em 2013, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre havia se comprometido com a criação de um local para a sociedade civil atuante na aids em Porto Alegre, com destinação de espaço para o Gapa e outras ONGs, mas até agora nada aconteceu.
O Festival será um espaço de solidariedade e resistência ao GAPA/RS e terá atrações musicais e teatrais, como o vencedor do Grammy Latino Ian Ramil, as bandas Império da Lã e Tribo Brasil e a atriz Deborah Finocchiaro, que fará uma performance baseada na obra de Caio Fernando Abreu e outros escritores, além de vários food trucks que também estarão na praça.
Segundo a presidente do GAPA/RS, Carla Almeida, “ a precariedade da nossa instituição é um retrato triste da situação da epidemia no estado, o primeiro em aids no Brasil.” Para ela, a mobilização é uma forma de pressão para que os gestores da saúde cumpram os compromissos assumidos e para tentar evitar o fechamento da instituição, de quase 30 anos. “A sociedade reconhece nosso trabalho, mas agora precisamos de apoio para continuar existindo”, complementa.
Serviço:
Festival Viva o Gapa
10 de dezembro (Sábado)
Onde: Praça Garibaldi (entre as ruas Lobo da Costa e José do Patrocínio, e pelas avenidas Venâncio Aires e Érico Veríssimo, no bairro Cidade Baixa)
Horário: das 14h às 22h
Evento gratuito e aberto ao público
10 de dezembro (Sábado)
Onde: Praça Garibaldi (entre as ruas Lobo da Costa e José do Patrocínio, e pelas avenidas Venâncio Aires e Érico Veríssimo, no bairro Cidade Baixa)
Horário: das 14h às 22h
Evento gratuito e aberto ao público
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