A brasileira Mariângela Batista Galvão Simão é a nova chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o acesso a remédios e vacinas, um dos cargos de maior influência dentro da entidade internacional. Mariângela terá como missão desenhar e implementar a estratégia da OMS para garantir que remédios possam chegar aos mais necessitados, um dos grandes obstáculos hoje nos sistemas de saúde pelo mundo.
Mariângela foi a diretora do Programa Nacional Contra a Aids no Brasil e, no cenário internacional, passou a ser referência no que se refere ao trabalho de consolidar o acesso a tratamento. Antes de sua nomeação, ela era funcionária da Unaids, programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para o combate à aids. Oficialmente, seu cargo agora é de diretora-geral assistente da OMS.
Ela tem mais de 30 anos de experiência no sistema brasileiro de saúde pública e teve papel ativo na ampliação e descentralização dos serviços de saúde no país, de acordo com a OMS.
Entre 2006 e 2010, atuou como diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, onde liderou bem sucedidas negociações de preços com companhias farmacêuticas para medicamentos contra o HIV.
Também representou o Ministério da Saúde em negociações que levaram à constituição da Unitaid em 2006, tendo atuado como membro de seu conselho até 2008. Mariângela é pediatra e tem mestrado em saúde pública pela Universidade de Londres, no Reino Unido.
“Mariângela é motivada pelo firme compromisso de colocar as pessoas no centro da resposta”, disse diretor-executivo do Unaids, Michel Sidibé. “Ela é uma apaixonada defensora dos direitos humanos e espero continuar trabalhando com ela para garantir que ninguém seja deixado para trás no acesso aos medicamentos”.
Segundo o Unaids, a profissional teve importante papel no desenvolvimento de políticas e recomendações sobre o impacto do estigma e da discriminação relacionados ao HIV nos sistemas de saúde, prevenção do HIV entre adolescentes e mulheres jovens, direitos humanos e HIV, o fim da ampla criminalização da transmissão do HIV e parcerias com a sociedade civil.
Fonte : Nações Unidas
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