Durante participação no Fórum Social do Conselho de Direitos Humanos da ONU, na semana passada, o estilista norte-americano Kenneth Cole criticou o preconceito que ainda marginaliza pessoas vivendo com HIV. Segundo o empresário, a epidemia de HIV é não apenas um problema de saúde, mas também uma questão de justiça social. O designer é embaixador global da Boa Vontade do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids).
“Tem-se dito que o estigma já matou mais pessoas do que o HIV”, disse Cole. “Nas suas raízes, trata-se de intolerância e discriminação. A justiça social não é negociável.”
Para o executivo, todos os atores da sociedade, inclusive o setor privado, devem empreender esforços para responder à aids e ao HIV. “Eu acredito que as empresas trazem eficiência, economia e uma cultura de mudança”, acrescentou.
Realizado nos dias 3 e 4 de outubro, o Fórum Social de 2017 teve como tema a promoção e a proteção dos direitos humanos no contexto da epidemia de HIV e outras doenças e surtos transmissíveis. O evento é uma reunião anual de três dias convocada pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU.
Cole discursou no encontro em meio a uma visita de três dias a Genebra, onde encontrou-se com o diretor-executivo do Unaids, Michel Sidibé, e conheceu outros funcionários da agência da ONU, ativistas da sociedade civil e membros de outras organizações que atuam na resposta à epidemia.
Além de ser embaixador da Boa Vontade do Unaids, Kenneth Cole também é presidente da Fundação para Pesquisa da Aids (amfAR) e fundador da Coalizão pelo Fim da Aids (End Aids Coalition). Ao longo de mais de 30 anos, o empresário foi uma das vozes proeminentes nos movimentos por direitos e investimentos para as pessoas vivendo com HIV.
Fonte : ONU Brasil
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