A diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken, participou nesta quinta-feira (9), do painel “Ficando à frente da iminente crise de tratamento: uma agenda de ação para atingir a meta 90-90-90” durante a Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre o fim da aids, na sede da ONU Nova York. A diretora iniciou sua fala destacando que as metas 90-90-90 da Organização Mundial de Saúde foram estabelecidas durante o “I Fórum Latino-Americano e do Caribe sobre o contínuo da atenção em HIV”, realizado na Cidade do México, pelo Brasil e demais países da região, em maio de 2014, e que, em seguida, tornaram-se plataforma global.
Adele Benzaken ressaltou que o Brasil primou pela adesão às metas nos fóruns internacionais nos quais esteve representado. “Os Ministros da Saúde do Mercosul endossaram esse compromisso, em reunião realizada em Buenos Aires. O mesmo ocorreu no encontro dos ministros da Saúde dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizado em Brasília, em dezembro de 2014”.
A adesão à “Declaração de Paris para acabar com a epidemia de aids”, em dezembro de 2014, durante o Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1º de dezembro), também foi lembrada pela diretora do DDAHV. “Até hoje, 23 prefeitos de municípios brasileiros assinaram a Carta de Paris”, disse. “No contexto da aceleração da resposta ao HIV, o Brasil se orgulha hoje não só por ter participado diretamente da elaboração das metas 90-90-90, como também por reafirmar seu compromisso continuamente”, completou.
Adele Benzaken destacou, também, que os resultados positivos confirmam que o país está no rumo certo quanto à aceleração da resposta ao HIV, como é o caso do alcance da meta de supressão viral, em 2015, quando 90% das pessoas vivendo com HIV/aids em tratamento antirretroviral já se encontravam com carga viral suprimida. “Também em 2015, quase 80 mil novos tratamentos foram iniciados, e em abril de 2016, computamos um total de 475 mil pessoas em TARV”.
Por fim, Adele Benzaken disse que é fundamental destacar que o acesso ao tratamento antirretroviral no Brasil é assegurado gratuitamente e de maneira universal pelo Sistema Único de Saúde. “No entanto, para que todas as pessoas vivendo com HIV no Brasil tenham seu direito plenamente garantido, é necessária a contínua implementação da política de saúde pública no Brasil comprometida com os ideais do nosso sistema de saúde universalizado”, disse. “É firme nossa expectativa e confiança nos avanços que virão com o Projeto de Lei em curso no Congresso Nacional, que visa implementar as flexibilidades de saúde pública do Acordo TRIPS, de forma integral, na legislação de propriedade intelectual”, encerrou.
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